Os números sete e doze escondem em si um duplo mistério da integridade: um mistério celestial e outro temporal.
Chamo aqui celestial a integridade que independe do tempo: a integridade imediata - ou talvez fosse melhor dizer eterna. Não há ciclos evolutivos ou involutivos. Não há sucessão de momentos díspares que, aos poucos, forjam um cenário íntegro. Há apenas um mundo perfeito - de per + facere, o mundo completamente feito ou simplesmente completo -, como lemos em Apocalipse 21:
Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas aproximou-se e me disse: “Venha, eu lhe mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro”. Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus. Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma jóia muito preciosa, como jaspe, clara como cristal. Tinha um grande e alto muro com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente. O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Nesta descrição breve da Nova Jerusalém, há uma profusão de referências ao número doze: doze portas, doze anjos, doze fundamentos e doze apóstolos (o que nos faz recordar que a história de Cristo também está profundamente relacionada ao doze). Doze também eram as tribos de Israel. Ainda no Apocalipse, São João afirma que são 144 mil aqueles que têm o selo com o nome do Cordeiro e de Deus na testa (a mesma testa em que Deus marcara Caim, o construtor das cidades) - e 144 mil são, matematicamente, 12 x 12 x 1000.
O sete, por sua vez, diz respeito como que a uma antessala do doze: como se verá adiante, o sete remete a uma perfeição no curso do tempo: o mistério da Nova Jerusalém e suas doze portas apenas se dá após exauridas as sete taças trazidas pelos sete anjos.
No detalhamento das doze portas - três ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente -, nota-se que o doze se perfaz fundamentalmente pelo três e pelo quatro. São quatro as direções cardeais e três portas em cada uma - e não, por exemplo, seis direções com duas portas cada.
A mesma lógica temos na Astrologia: os doze signos do zodíaco estão divididos em quatro grupos de três: há, afinal, os signos de fogo, ar, água e terra. Os quatro elementos, como os quatro pontos cardeais, aglutinam em torno de si três signos, exatamente como as direções aglutinam em torno de si três portas.
Isso é interessante porque demonstra que, embora o doze seja um número par e represente a completude do círculo, não é constituído apenas de números pares - similarmente estáveis -, mas de uma combinação entre o quatro e o três. O três, ao contrário do quatro, não simboliza fechamento, mas abertura; não simboliza a estabilidade e a solidez da matéria, mas aponta à unicidade misteriosa do espírito. Já tratei disso em outro texto, e creio que valha retomar uma citação de Mario Ferreira dos Santos:
O 3 é o símbolo do dinamismo, porque se 2 pode dar o equilíbrio, três será o rompimento dinâmico desse equilíbrio, sem destruir a díada, a antinomia, mas que no interactuar, nas relações que se formam, expressa as modificações que uma sofre pela acção da outra e vice-versa, e, finalmente, a diferença com que entra na nova relação, pela influência já sofrida pela acção da outra, que, por sua vez, já é diferente, explicando assim o devir dinâmico que o 2 apenas fundamenta, e o três capta como processo em seu desenvolvimento.1
O doze traz tanto a estabilidade do par quanto a transcendência do ímpar - daí que sua completude não é puramente estática, mas tem um caráter também dinâmico. Não fosse assim, afinal, não teríamos a verdadeira completude da Nova Jerusalém: se as cidades humanas podem ser (quase) puramente materiais, evidentemente isso não faz qualquer sentido na Cidade Celeste. Ao mesmo tempo, a estabilidade do quatro nos faz recordar de que se trata de uma cidade ordenada por uma inteligência: o Reino dos Céus não é um retiro em meio às montanhas ou uma fusão ao caos da natureza pura (o que pode ser assunto para outro texto).
Precisamente como ocorre na cúpula de Igrejas e Catedrais, as representações do Zodíaco também apresentam uma estrutura de Mandala. Algo similar está na representação joanina da Jerusalém Celeste no Apocalipse, com suas doze portas (o que sugere uma imagem circular) e, ao centro, a presença de Deus. Tudo isso, porém, está no Céu: nada se sucede ou se desenrola no tempo. Assim como a Jerusalém Celeste, também a completude do Zodíaco é, no nível dos astros, perfeita em si mesma. Apenas se fragmenta quando, caindo na matéria, alcança nosso mundo - e aí os signos acompanham os ciclos do ano, com suas estações e seus meses fragmentados em semanas de sete dias.
A matéria tem a ver, etimologicamente, com o ato de medir. Seguimos no Brasil o sistema métrico. Uma medição é uma forma de divisão. Quando a integridade do Céu toca a matéria da terra, o resultado imediato é a fragmentação.
Há, claro, a fragmentação no espaço: tudo o que ocupa um lugar no espaço tem sua medida, e dois corpos não podem ocupar o mesmo ponto. Mas há - e é o que mais nos importa - também a fragmentação no tempo. As coisas não se diferenciam simplesmente umas das outras agora; mais do que isso, as coisas se diferenciam, hoje, do que foram ontem. Um homem jamais se banha duas vezes no mesmo rio, pois rio e homem mudam - como diz o ditado. As coisas mudam. As pessoas mudam. As cidades mudam. As eras mudam.
Se a integridade do Céu é imediata, a integridade na terra se espraia no tempo. Pela memória, buscamos recolher os fragmentos perdidos, passados, e pela inteligência buscamos ordená-los, formando, de alguma forma, uma integridade coesa: eis a nossa história de vida, que recontamos a nós mesmos dia após dia, para que as coisas façam algum sentido. Muito, porém, se perde em definitivo. Não esquecemos apenas eventos traumáticos, relativamente raros, mas esquecemos sobretudo eventos banais - nossas reações banais diante de certa circunstância, nossas emoções efêmeras, quase infinitos pensamentos que passam por nós apenas para serem esquecidos. Recolhemos, enfim, alguns fragmentos passados e a partir deles tentamos remendar uma imagem razoavelmente íntegra: eis como podemos viver.
Mas há um mistério nessa trilha - que todos nós percorremos - de buscar a integridade nas trilhas efêmeras do tempo. Caímos, muitas vezes, na ilusão de imaginar que, em algum ponto mais à frente da estrada material, encontraremos a plenitude da eternidade - a mais comum das ilusões! Acreditamos que, com muito esforço, se formos firmes e competentes o suficientes, chegaremos lá, ao lugar da completude, do repouso, da recompensa.
O problema é que a integridade, quando desce para a terra, se espraia pelos tempos. Ela não se concentra em algum lugar idílico lá na frente. Também não se esconde lá atrás, em tempos idos, séculos ou milênios antes de nós. A integridade, quando desce, se apresenta aos poucos. Um tanto de cada vez. E ela não quer que a busquemos tresloucadamente, seja olhando para trás, como os saudosistas, seja idealizando um futuro de plenitude terrena - erro mais comum (não é à toa que a imanentização do eschaton ocupa um lugar central na obra de um Eric Voegelin). Ela quer apenas que a olhemos aqui e agora, pois é aqui e agora que nos presenteia com um pouco de seu mistério.
Isso se dá num aspecto macro. Em um texto recente, procurei defender que Ken Wilber e René Guénon têm erros e acertos paralelos, complementares: o primeiro desdenha o passado e idealiza o futuro; o segundo demoniza o futuro e põe seu coração no passado. Mas como escrevi ali: “O verão não ‘transcende e inclui’ o inverno… A primavera não é superior ao outono, nem este àquela. As estações se complementam, e é justamente a dança complexa das estações que perfaz a integridade de um ciclo anual (o número doze - e são 12 os meses do ano, por exemplo - é um símbolo da integridade e, ao mesmo tempo, representa o círculo). Pois a integridade verdadeira exige a complexidade”. Como as estações, as fases ou os ciclos da humanidade assemelham-se mais a porções da eternidade do que a resultantes de processos puramente involutivos ou evolutivos.
E também se dá no aspecto micro, pessoal. Quantos eus vão e vêm no curso de uma vida humana? Quantas diferenças não há - físicas, emocionais, intelectivas, espirituais - entre uma mesma mulher aos 7, aos 21, aos 49, aos 77 anos? Às vezes, somos guénonianos diante da nossa própria história, encarando-a como um processo descendente em direção à sepultura. Outras vezes, somos wilberianos e sonhamos com o paraíso futuro que nos realizará por completo: um emprego ideal, um relacionamento ideal, uma casa ideal, uma aposentadoria que trará a velhice ideal. Mas não são os fragmentos, todos eles, que, ao final, se juntarão e formarão a nossa verdadeira integridade? A nossa imagem celeste não será composta justamente daquilo que fomos ao longo da nossa existência - apenas coroada com bens que não nos é dado sequer imaginar -, e não a mera amplificação de um recorte, um fragmento qualquer?
O Hinduísmo apresenta-nos quatro grandes fases ou grandes metas de uma vida humana: artha (domínio de um ofício, criação e manutenção de uma família, adaptação à sociedade), kama (domínio das leis do amor), dharma (caminho e regras espirituais) e moksha (libertação, iluminação, coroação da trajetória).2
No Sufismo, os quatro estágios são geralmente descritos como: shari'a (caminho exotérico, feito de leis), tariqa (caminho esotérico), haqiqa (verdade mística) e marifa (unio mystica)3 Para o misticismo judaico, a Halahá estabelece o conjunto de leis e práticas religiosas, enquanto a Cabalá, sem substituí-las, confere-lhes um sentido místico mais profundo.4 Na tradição cristã, podemos pensar nas vias purgativa, iluminativa e unitiva, por exemplo.
Tudo isso para dizer que a vida terrena se desenvolve em estágios, e as fases avançadas dependem das anteriores precisamente como a existência da borboleta não se daria sem o ovo, a larva e a crisálida.
Normalmente, temos pressa.
Já acordamos ansiosos. Nossos diabinhos portáteis prometem novidade já de manhãzinha - alguma notícia que revolucionará a vida, talvez. Nada. Mas a dopamina vem e vai logo cedo. Quantas vezes deslizamos o dedo ali? Trinta? Cem? E fazemos planos. O futuro parece muito melhor do que o presente - e isso, em si, é pressa. Agimos como células cancerosas: não ficamos onde estamos, mas corremos tresloucadamente para outros lugares, seja efetivamente ou, como é mais comum, nas nossas ideações.
Não quero simplesmente dizer que esquecemos o valor do agora. Isso é obviamente verdadeiro, mas não sou Eckhart Tolle. Quero dizer que esquecemos que cada revelação da eternidade no tempo tem seu valor. Esquecemos, sim, o valor do hoje - e eu caio nesse erro com muito mais frequência do que deveria ser minimamente aceitável. Esquecemos, sim, as maravilhas ocultas em fases de vida aparentemente pacatas, repetitivas ou banais demais. Mas também esquecemos que nossos planos para o futuro não deveriam basear-se em expectativas de plenitude; deveriam, antes, basear-se em expectativas de novas fases, novas experiências, novas aventuras - com suas dores, suas alegrias, seus aprendizados. Apressamo-nos em busca de futuros irrealizáveis; e, na pressa, mutilamos o presente. Ambos se perdem.
Não ter pressa não significa que não devemos ansiar por novas aventuras. Uma nova aventura talvez seja justamente a forma como a eternidade nos apresenta, no tempo, uma nova face. Uma nova cidade, um novo país, uma nova relação próxima, um novo emprego, um novo interesse genuíno, talvez uma mudanca de perspectiva e de filosofia diante da vida - muitas coisas podem ser uma nova aventura. Não ter pressa significa aproveitar cada aventura - mesmo as aparentemente monótonas ou até as doloridas - enquanto duram. Porque outras virão, até que, enfim, estejamos feitos. Keats dizia que a Terra é o vale of soul-making (“vale de fazer almas”) - é o vale do tempo, das mudanças, das aventuras e dos sofrimentos, cujo fim é revelar-nos a nossa integridade. É assim que, aqui embaixo, nos fazemos.
Voltando à simbólica dos números, sempre me intrigou a idade da profetiza Ana quando conheceu o menino Jesus: quase 84 anos.
Lemos em Lucas 2: 36-38:
E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
O texto bíblico já deixa claro que devemos encarar o número 84 levando em conta o número 7 - pois sete foram os anos em que viveu com o marido “desde a sua virgindade”. Oitenta e quatro é justamente sete vezes doze. Ana, antes de encontrar o menino Jesus, vivera quase doze ciclos de sete anos. Estava quase completa.
Lembremos, por exemplo, a ideia popular de que todas as células do nosso corpo se renovam totalmente a cada 7 anos - e a ciência pouco importa aqui, pois a crença popular, em si, encerra muito maior sabedoria simbólica. Na Antroposofia, Rudolf Steiner extraiu diversas aplicações práticas - no campo pedagógico, por meio do sistema Waldorf, especialmente - a partir do número 7: nossa vida se desenrola, segundo ele, em ciclos de sete anos. A criação do mundo, lemos na Bíblia, se completou ao sétimo dia; a lei mosaica prevê um ano sabático a cada 7, e o Jubileu se dá ao fim de 7 ciclos de 7 anos - e, claro, poderíamos explorar o simbolismo do número 7 para muito além desses exemplos breves.
Na Catena Áurea, São Tomás cita uma importante passagem de São Beda justamente sobre os 84 anos de Ana:
De acordo com o sentido místico, Ana representa a Igreja, que está como que enviuvada por causa da morte do Esposo. Também o número dos anos de sua viuvez representa o tempo da peregrinação do corpo da Igreja longe do Senhor. Sete vezes doze são oitenta e quatro: o número sete exprime o curso deste mundo, que gira em sete dias, e o número doze, a perfeição da doutrina apostólica. Portanto, pode-se dizer, seja da Igreja universal, seja de qualquer alma fiel, que serviu ao Senhor por oitenta e quatro anos, se cuida de observar, durante todo o tempo de sua vida, a doutrina dos apóstolos. Isso concorda também com o período de sete anos em que permaneceu com seu marido. Pois, em virtude de uma prerrogativa da majestade do Senhor, que Ele próprio, habitando na carne, nos ensinou, o número de sete anos é usado como símbolo da perfeição. Ana também se conforma aos mistérios da Igreja, porque seu nome significa “graça”, é filha de Fanuel, que quer dizer “face de Deus”, e descende da tribo e Aser, isto é, “bem-aventurado”.
Noutra perspectiva, também o processo alquímico se desenvolve em sete estágios - que, tal como explorado por Edward Edinger em seu ótimo livro Anatomia da Psique, observam a seguinte ordem: calcinatio, solutio, coagulatio, sublimatio, mortificatio, separatio, coniunctio.5 A conjunção final - a coroação de toda a obra, que se traduz na perfeição espiritual - apenas se dá após todos os estágios anteriores terem sido percorridos. Podemos, evidentemente, pensar no último estágio como superior aos demais - o que em certo aspecto é verdadeiro. De outro lado, porém, é também perfeitamente possível argumentar que todos os estágios são de igual importância, pois seria impossível alcançar o último sem passar pelo primeiro. De certa forma, o homem amadurecido é superior à criança; ao mesmo tempo, jamais haveria homem amadurecido se não fosse a criança, que contém em si a semente ou a potência do homem futuro.
Santa Teresa também nos apresenta, devemos recordar, seu castelo interior com sete moradas. Sete são os sacramentos da Igreja e sete são os dons do Espírito Santo - assim como, no lado sombrio, sete são as pragas do Egito e os pecados capitais (que não levam à perfeição, à santidade ou à integridade, mas a seu oposto: destruição, trevas, caos, inferno; pois, se em seu aspecto positivo o sete forma a alma, em seu aspecto negativo a deforma). Curiosamente, se o doze é formado pela multiplicação do três pelo quatro, o sete é formado pela soma do três com o quatro.
O oitenta e quatro encerra em si o duplo mistério da perfeição celestial e temporal. A perfeição celestial do doze (4 x 3) se soma à perfeição temporal do sete (4 + 3). Na Nova Jerusalém, a integridade está dada como uma realidade imutável; aqui embaixo, a integridade se constrói, aos ciclos, no curso dos tempos - o sete está na base mesma dos ciclos temporais: sete são os dias da semana, afinal. Há certamente um sentido elevadíssimo nesse processo: os sete estágios levam à coniunctio alquímica ou à sétima morada, cujo apogeu (ou cuja coroação) é simbolizado justamente pela presença de uma coroa ou por uma auréola dourada, ambas redondas, sugerindo novamente a circularidade perfeita do doze. Mas há, também, um sentido muito mais comum e imediato: lembra-nos de que cada fase importa; e, ao mesmo tempo que não devemos apressar-nos, arriscando-nos a deixar passar as maravilhas do tempo presente, também não devemos, por medo, deixar de seguir adiante. Quando se diz de Ana que viveu quase 84 anos, sugere-se que viveu plenamente (12) todos os estágios (7) de sua vida, encontrando, ao final, o menino Jesus: tornou-se santa, perfeita ou íntegra, termos que têm essencialmente o mesmo significado.
SANTOS, Mário Ferreira dos. Tratado de Simbólica. Coleção Filosofia Atual). São Paulo: É Realizações, p. 149.
ZIMMER, Heinrich. Filosofias da Índia. São Paulo: Palas Athena, pp. 38-42.
SHAH, Sirdar Ikbal. Princípios gerais do Sufismo. São Paulo: Attar, 1998, pp. 18-21.
“Se um homem olha a Tora meramente como um livro que apresenta narrativas e problemas do dia a dia, ai dele! Tal Tora, cuidando dos interesses diários, nós também, nós mesmos, poderíamos compilar e, na verdade, um livro melhor”, lemos no Zohar (III, 152a). Mas a Torá não perde sua importância para o cabalista, como explica Gershon Scholem: “Ao interpretar todo ato religioso como mistério, mesmo quando seu significado era evidente para todos ou expressamente mencionado na lei escrita ou oral, forjou-se um forte liame entre a Cabala e a Halahá, que me parece ter sido responsável em grande parte pela influência do pensamento cabalístico sobre os espíritos e corações de sucessivas gerações” (SCHOLEM, Gerson. As grandes correntes da mística judaica. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 32).
EDINGER, Edward. Anatomia da Psique: o simbolismo alquímico na Psicoterapia. São Paulo: Cultrix, 2006.
Bruno, querido. Além de vir elogiar o excelente texto, vim comunicar que roubartilhei uma frase sua e fiz um poema e um vídeo inspirados nela. Espero que aprecie e não se incomode. Postei no meu perfil. Forte abraço. Paz!